segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Que venha 2015!

2014 foi um ano com vários acontecimentos, infelizmente estive ausente do blog, cheguei a rascunhar alguns textos, porém não os publiquei. O que vou tentar resolver em 2015, quero escrever e publicar o que penso, mostrar para algumas pessoas que elas não estão sozinhas no mundo!
Digo isso porque conheci algumas pessoas pelo Facebook, e isso fez toda a diferença, me dá ânimo saber que não estou lutando sozinho contra o socialismo bolivariano. Assisti o "O mordomo da Casa Branca" esses dias e vi como guerra política, tema abordado pelo Luciano Ayan no excelente sítio Ceticismo Político, é importante. Temos que iniciar nossa reação e lutar essa guerra!
É por isso que, mesmo atrasado, vou tentar publicar comentários sobre fatos passados, mesmo que só sirvam como registros públicos do que penso. Pelo menos ficarão aqui para retirar qualquer dúvida sobre o que penso ou não.
Bem, aproveito para desejar a todos uma passagem de ano tranquila e que tenham se preparado para 2015, pois não será um ano fácil, assim como não será fácil esses próximos 4 anos com a Dilma na presidência. Isso não foi por falta de aviso, já comentava desde as eleições de 2010 que 2015 era uma boma relógio, mas era chamado de teórico da conspiração pelos esquerdistas ignorantes em qualquer assunto, sim, pois não são ignorantes só em economia, mas em qualquer assunto, desde que não seja mimimi ou vitimização, ai eles são campeões em conhecimento.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Então é natal... e exigimos cestas básicas de novo!


Aconteceu novamente em Belo Horizonte, mas dessa vez os manifestantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) foram ao supermercado Via Brasil, no bairro Itapoã, região da Pampulha.
Policiais acompanhando os manifestantes durante o ato "pacífico".
Foto: Euller Junior/EM/D.A.Press
O ato contava com faixas e megafones, além dos manifestantes "cantarem" palavras de ordem. Para Leonardo Péricles, um dos líderes do movimento, explica os motivos da manifestação:
O ato faz parte da campanha natal sem fome e sem miséria. Queremos mostrar que mesmo com o Bolsa Família, várias famílias passam fome.
E complementa comentando:
Vamos exigir que o supermercado tenha proposta social. Eles estão faturando rios de dinheiro equanto (sic) isso milhares de famílias estão passando fome.
Relataram que o supermercado teria oferecido 50 cestas básicas, mas a informação foi desmentida por Cássio Guilherme Coutinho, diretor comercial do Via Brasil. E mesmo que fosse verdadeira, a proposta não seria aceita, pois Leonardo Péricles salientou:
Queremos pelo menos duzentas cestas. Estamos em negociação pacífica com o gerente e só sairemos daqui quando a conversa avançar.
Para Cássio Guilherme Coutinho a situação não era justa, pois a empresa já participa de outras campanhas de solidariedade, e afirmou:
Somos uma empresa séria e honesta. Estamos aqui há 56 anos. Isso que eles estão fazendo não é ético, não é certo, e não vamos dar as cestas.
Para evitar possíveis problemas, Para evitar possíveis problemas, a Polícia Militar foi acionada. No local, os PMs cercaram todas as saídas do supermercado e orientaram que outros lojistas fechassem as portas mais cedo para evitar tumultos e saques. O Tenente Ronne Rodrigues, coordenador do 13º Batalhão da PM, explicou que
Não queremos criar um impacto ainda maior. Vamos agir se houver crime, mas esta tudo pacífico. Conversamos o tempo inteiro.
Por volta das 22 h, o Tenente Ronne informou que muitos manifestantes já haviam deixado o local. Porém,
Aqueles que continuam o protesto em frente ao supermercado prometem até dormir ali para que as solicitações sejam atendidas. Os ânimos do grupo se acalmaram. Segundo o gerente, ainda não há nenhuma decisão por parte do Via Brasil.
Tal situação atrapalhou a vida de outras pessoas que só desejavam realizar suas compras com tranquilidade. Foi o caso de Inês Maria do Carmo, de 45 anos, que se incomodou com a situação e comentou:
Vim fazer vários tipos de compra, e não consegui comprar nada,  porque todas as outras lojas (do mini-shopping anexo) também estão fechadas. Lá dentro tinha diversas crianças pedindo dinheiro para a caixinha de Natal deles... Isso me atrapalhou bastante.
Já para outra cliente, a estudante Thais Rais, de 18 anos, a manifestação surtiu efeito, ela se sensibilizou e decidiu ajudar. E comentou a situação, lamentando ao final:
Estava aqui por acaso e apoio esse movimento. Quando vi, decidi doar uma cesta. Até chamei as pessoas para doarem comigo, mas a maioria olhou com cara feia e não quis.
Charlene Cristina, da comunidade Rosa Leão, disse que encaminharam ofícios pedindo doação das cestas para vários supermercados, e reclamou do Via Brasil
Queremos solidariedade com as famílias das ocupações que também constroem a cidade. Estamos aqui pelo benefício do nosso Natal. Natal é consumo, mas também é preciso solidariedade.
A solidariedade deve ser voluntária!

Como falo diversas vezes, as pessoas precisam aprender os conceitos corretos. No caso da solidariedade, como de outras virtudes, deve ser voluntária! Não se pode exigir que pessoas pratiquem atos vistos como bons sob ameaças, pois não haverá um ato voluntário e sim uma coação do suposto oprimido social. E como já comentei anteriormente, tal coação pode ser caracterizada como extorsão.

Isso se chama extorsão!

Como escrevi no post do ano passado, exigir solidariedade através de manifestações que acabam por impor medo a outras pessoas é extorsão, crime previsto no Código Penal. Porém, a sociedade não aparenta estar tão incomodada ao ponto de exigir o cumprimento da Lei nesses casos. Aliás, se alguém o fizer, será chamado de preconceituoso e provavelmente sofrerá uma série de insultos e xingamentos gratuitos.

Vamos aprender um pouco?

Espero que as pessoas que concordaram com tais manifestações aprendam os conceitos de forma correta. E se decidirem praticar tal ato de caridade, que o façam sem reclamar da cara feia dos outros, pois ninguém é obrigado a fazer nada para ninguém.
Para entender onde a solidariedade se encaixa no pensamento libertário, recomendo o artigo Subsidiariedade e economia de mercado do economista Ubiratan Jorge Iorio no sítio do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

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Reportagens:

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Uma ótima notícia para a política brasileira!

Apesar do inchaço partidário, existem 32 partidos atualmente, a maioria com valores esquerdistas, o país  irá ganhar mais um partido, o Novo. Para você que ainda não conhece, clique aqui e visualize o sítio do Novo e aqui para visualizar a página no Facebook.
Após quase 4 anos de trabalho e cumprir os requisitos legais, a equipe do Novo entrou com o pedido de registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quarta, 23 de julho de 2014, solicitando o 30 como número da legenda.
A Equipe do NOVO solicitando o registro como partido político no TSE.
Fonte: Partido Novo.
Os filiados do Novo poderão disputar eleições a partir de 2016, quando ocorrerão as eleições municipais no Brasil. O que poderá mudar de forma definitiva a forma de se fazer política no país.

terça-feira, 29 de abril de 2014

São todos macacos de imitação ou papagaios de pirata, podem escolher!

A essa hora você já deve conhecer o motivo do surgimento da hashtag #SomosTodosMacacos. Bem, se não conhece, vou fazer um breve resumo para que entenda o post.
No jogo deste domingo entre Villarreal e Barcelona, válido pelo Campeonato Espanhol, um torcedor* resolveu tacar uma banana em campo, antes do Daniel Alves, jogador brasileiro do Barcelona, bater um escanteio, e este ato foi registrado pelo árbitro da partida na súmula. Daniel Alves resolveu a questão de uma forma louvável, foi lá e comeu a banana, não dando nenhuma bola para o ato ofensivo. O ato do Daniel Alves pode ser visto no vídeo abaixo.
E o que aconteceu depois? O Neymar, também jogador do Barcelona, que estava contundido, resolveu postar uma foto, com seu filho, como uma banana e com a hashtag #SomosTodosMacacos e seus equivalentes em outros idiomas. Com isso, começou uma enxurrada de fotos de jogadores, famosos e anônimos, comendo ou apenas segurando uma banana, e utilizando a mesma hashtag, como forma de apoio ao Daniel Alves.
Foto do Neymar com a banana, em seu perfil no Instagram.
Fonte: Reprodução/Instagram/neymarjr.
No Brasil, a presidente Dilma, por meio de seu Twitter oficial, aproveitou para mostrar apoio ao Daniel Alves, promover a Copa do Mundo e afirma que a campanha contra o racismo será um dos temas durante o evento.
Tweets do perfil da presidente Dilma sobre o ocorrido.
Fonte: Reprodução/Twitter/dilmabr.
Mas seria algo até aceitável, caso tal campanha não tivesse sido criada por uma agência de publicidade e que um determinado famoso já tivesse camisa prontas, em estoque, para a venda. No final, são todos otários!

Se vocês são macacos de imitação, o problema é de vocês!
Me considero uma pessoa que consegue pensar por conta própria, que consegue ir do micro ao macro, ou o inverso, sobre um assunto. Algumas vezes demoro um certo tempo para formar uma opinião, exatamente por buscar analisar vários aspectos. Em outros casos, já tenho certo posicionamento e fica mais fácil de me expressar. E foi esse o caso!
Não me impressionou a velocidade em que a hashtag subiu em popularidade e uso. O que me impressionou foi a demora na desmoralização da mesma. Se bem me lembro, só fui ver piadas zuando a hashtag e a campanha no dia seguinte, ou seja, hoje. Segue um exemplo abaixo.
Zuaeira com a banana ou com os macacos de imitação?
Fonte: Reprodução/Facebook/Bode Gaiato.
A imagem representa bem o comportamento médio do povo brasileiro. Aquele que segue tendências sem nenhuma reflexão sobre o fato, que acha que se um famoso lançou uma campanha, esta deve ser boa e deve segui-la sem muita preocupação. E se reparar bem, é esse mesmo ser que fala sobre a tal manipulação da mídia golpista que ajudará os militares a dar o golpe e implementar uma ditadura no país. Mas ele fala isso porque foi condicionado a ter tal atitude. Não adianta reclamar deles, pois boa parte já não tem recuperação, o máximo que pode acontecer é inverter de lado e a se posicionar contrário a certas coisas e atitudes até então defendidas por estes.

Preconceito seletivo, mais comum do que se imagina
Quem se lembra do caso do jogador Tinga, do Cruzeiro, em um jogo no Peru pela Libertadores. Foi mais um caso de tentativas de ofensa com base em racismo. Vi muitos jornalistas falando que não entenderam a atitude dos torcedores peruanos, pois estes sofrem com o preconceito racista em outras partes do mundo. Estes jornalistas só se esqueceram que certos atos não são acompanhados de coerência. Se perceberem que emitir barulhos similares a um macaco desestabiliza o jogador, eles irão fazer o barulho toda vez que o jogador tocar na bola.
Lembro que teve um debate sobre racismo e preconceito. Então, torcedores do Atlético Mineiro lembraram que torcedores do Cruzeiro ofendem o jogador Richarlyson, com base em sua suposta homoafetividade, mas que não é a realidade. E esse assunto me lembra o vídeo abaixo, do canal Galo Frito.
Aproveito para deixar alguns questionamentos: Até que ponto vai o humor? Onde o humor vira ofensa? Quando a ofensa vira preconceito? E para encerrar este trecho, fica o link para a Escala de Allport.

Era uma questão de tempo até tacarem uma banana em campo
Na época do debate sobre o racismo contra o Tinga, apareceram muitas reportagens comentando casos semelhantes. Em alguns, torcedores tacavam bananas em direção de certos jogadores em campo. Alguns desses casos ocorreram com o jogador Roberto Carlos, lateral esquerdo, que já foi vítima de tais atos em vários países. E o que ele fez em uma dessas situações? Ele se retirou de campo indignado com a tentativa de ofensa. Ou seja, os torcedores conseguiram atingir o objetivo de desestabilizar o jogador alvo. Se tal ato irá ser punido ou não, já é outra questão.
Então bastava aos idealizadores da campanha, lançada por meio do Neymar, esperar acontecer um ato desses com um jogador brasileiro e correr para o abraço.
Uma leve zuada com a campanha!
Fonte: Reprodução/Facebook/Liberalismo da Zoeira.

Quem paga a conta pelos atos dos imbecis?
A esquerda adora relativizar a culpa de alguns atos, praticamente coletivizando a culpa. Assim, a culpa nunca é do indivíduo, mas da sociedade ou de um grupo, a escolha da ideologia. Para a esquerda, só será útil culpar apenas uma pessoa, quando esta estiver atrapalhando sua imagem ou seu caminho para o poder.
No caso do Daniel Alves, o culpado era um torcedor, que foi devidamente identificado e banido, não podendo entrar no estádio El Madrigal, do Villarreal. Desta forma, entendo que o clube não mereça nenhuma punição.
Outro caso que chamou a atenção esses dias, foi sobre os comentários racistas do dono da franquia do time de basquete Los Angeles Clippers, Donald Sterling. A National Basketball Association (NBA), resolveu bani-lo, de modo a proibi-lo de ter qualquer contato com a NBA, seja por meio do time ou de outra forma. Por funcionar por um sistema de franquias, podem ocorrer alguns problemas, mas a NBA já se posicionou a favor de buscar a Justiça para cortar qualquer vínculo com este indivíduo. Desta forma, a NBA busca punir o indivíduo, e não o time.
Considerando que a venda do clube só será forçada se 23 donos, de 30 times/franquias, votarem a favor desta atitude. Com a venda do time ele ainda irá ganhar dinheiro, pois desde a compra, o time se valorizou muito. Porém, é melhor ele ter o dinheiro com a venda do que permanecer como dono de um time e criar um mau estar maior na liga.
Mas e no Brasil? O que acontece? Praticamente nada! Quando ocorrem casos de briga entre torcidas, e quando os torcedores envolvidos na briga são identificados, eles ficam presos por alguns dias, quando são presos. Ai entra a morosidade da Justiça brasileira e tudo vai se arrastando. Enquanto isso, os brigões voltam aos estados e se envolvem em mais casos de brigas.
Assim, pode-se dizer que o Brasil está muito atrasado em praticamente tudo, desde a identificação até a punição efetiva dos envolvidos. E não adianta fazer campanha com hashtags bonitinhas não, pois na semana seguinte já tem algum fato para mudar o foco.

E os argentinos, poderão chamar os brasileiros de macaquitos?
Então, o título dessa parte do texto já quebra essa campanha né? Afinal, se um argentino chamar um brasileiro de macaquito, vão se ofender né? Outra coisa, a visão do Brasil e do brasileiro ainda tem seu estereótipos pelo mundo, e fazer campanha se igualando a macacos não ajudam muito!
Tirinha sobre estereotipização do brasileiro.
Fonte: Reprodução/Facebook/Brasilball.
Como sempre alerto, as pessoas devem pensar nas consequências dos atos que praticam. E quem idealizou essa campanha deve ter achado algo muito inteligente, mas se esqueceu de vários aspectos. Agora o estrago já está ai.
Mais uma zueira com a campanha?
Fonte: Reprodução/Facebook/Brasilball.

Recomendação de textos sobre o assunto
Além dos textos linkados acima, os textos abaixo serviram de inspiração para alguns pontos abordados no meu texto, mas recomendo a leitura dos mesmo, pois não quero macaquinhos de imitação falando que copiei alguém. E sem esquecer que, o que escrevi aqui é a minha opinião, se convergem para o mesmo sentido dos textos recomendados, não significa que eu os tenha copiado!
Flertando com o desastre: Somos todos macacos.
#nãosomosbananas
Além destes textos, alguns comentários postados por amigos ou perfis no Facebook também contribuíram para que eu tivesse paciência de escrever esse texto, mas a preguiça me impede de linkar todos aqui. Mas fica o meu agradecimento a todos que se posicionaram, seja os que defenderam a hashtag e a campanha, ou os que se posicionaram contrários a toda essa palhaçada.

* Alguns irão reclamar de chamar tais pessoas de torcedores, mas não vou ficar relativizando termos nesse texto, isso pode ficar para outra oportunidade. Aqui vou me referenciar essas pessoas como torcedores mesmo.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Faltou um capacete? Sim. Sobraram violência e imbecilidade!

Este texto tem origem na morte do Sr. Santiago Ilídio Andrade, cinegrafista da TV Bandeirantes, durante um conflito entre vândalos e a Polícia Militar (PM) próximos da Centra do Brasil, localizada no Centro do Rio de Janeiro. Desde já deixo meus pêsames aos familiares do Sr. Andrade.
Não pretendo entrar outros assuntos ligados a essa manifestação, talvez possa até abordar alguns desses assuntos em outro texto, mas vou me restringir a questão da falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para jornalistas, que foi apontada como principal fator para que ocorresse a morte do citado profissional, além de temas correlatos.
Como base do argumento para a falta do capacete, usarei este texto: "E se o cinegrafista estivesse de capacete?", do Sr. Paulo Nogueira.
Porém, antes de iniciar o texto, quero deixar claro que possuo pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. Sendo assim, estou falando como especialista no assunto, segurança do trabalho, e não como leigo, como muitos que estão apontando a falta de capacete como fator primordial para o óbito do profissional, se esquecendo que o problema principal não foi a falta de um capacete, mas a presença de um rojão de vara, também conhecido como treme terra, e que chamo de morteiro. Dito isto, vamos ao texto.

Agora os esquerdistas querem capacetes para jornalistas!
O Sr. Nogueira coloca a imagem abaixo e começa a praticar o apelo ao uso do capacete por parte dos jornalistas em manifestações. Ele chega a citar o caso de pessoas que cobrem as manifestações e utilizam capacete e máscara de gás.
O foco dos esquerdistas são os capacetes dos jornalistas que prestavam os primeiros socorros, não a vítima...
Fonte: Reprodução/Internet.
O Sr. Nogueira chega ao ponto de fazer uma comparação descabida onde diz:
Não usar capacete, em protestos como os de hoje, equivale a andar de carro sem cinto de segurança. Pode não acontecer nada. Mas pode também terminar em lágrimas que poderiam ser evitadas.
Pois bem, gostaria que vocês observassem o mesmo capacete que o Sr. Nogueira chama a atenção na foto em que coloca em seu texto, mas em outra foto.
Já que querem, vamos falar de capacetes.
Fonte: Reprodução/Internet.
Reparem que o capacete sugerido pelo Sr. Nogueira como uma possível proteção não cobre a  nuca, tão pouco a região do pescoço do jornalista estrangeiro. Esta informação será importante na análise da próxima imagem.
Trajetória percorrida pelo morteiro e o ponto em que este explode.
Fonte: Reprodução/Agência O Globo (Adaptadas).
Obs.: As fotos tiveram que ser "assinadas" pela Agência O Globo porque o profissional que as tirou tem medo de represália, não da Polícia, mas dos manifestantes "pacíficos".
Pode-se observar nas duas fotos acima que o morteiro explode na região da nuca/pescoço. Ou seja, aquele capacete exaltado pelo Sr. Nogueira, utilizado pelos jornalistas estrangeiros, em nada seria efetivo como proteção contra um morteiro deixado no chão e que saísse sem direção, podendo tanto seguir junto ao chão, como subir até a altura da cabeça das pessoas, o que infelizmente aconteceu. Talvez o capacete sugerido pelo Sr. Nogueira sirva contra pedradas e pauladas, dependendo do ângulo em que forem desferidas, mas nada é garantido quando se trata de atos irresponsáveis por parte de vândalos.

Manifestações pacíficas com atos violentos?
Então, nesta parte do texto quero abordar um pouco sobre o que são essas manifestações para em seguida falar sobre a necessidade de EPIs para jornalistas.
A imprensa de modo geral noticia essas manifestações como pacíficas e que terminam com atos violentos. Será que são isso mesmo? Podem notar que são raras as manifestações onde não existam conflitos entre "manifestantes" e a Polícia.
Não estou querendo justificar, muito menos falar que a Polícia não cometa excessos ou até em alguns casos comece os conflitos. Mas para quem não percebeu, estes conflitos são uma tática muito utilizada pela esquerda para se fazer de vítima após as manifestações. A esquerda quer exatamente a reação violenta da Polícia para exigir a desmilitarização e até o fim desta.

EPIs para jornalistas, são realmente necessários?
Então, na imagem abaixo podemos observar um jornalista e um cinegrafista trabalhando durante a guerra do Afeganistão. Ou seja, em uma guerra real! Não em uma manifestação! Assim, o uso do capacete e colete não é uma opção, mas uma obrigação. O que também não garante muita coisa, dependendo do tipo de ataque que estiverem presentes.
Em alguns casos os jornalistas utilizam EPIs de uma cor diferenciada, se não me engano azul, e podem ter a informação escrita, como "Press", ou no caso do Brasil "Imprensa". Isto ocorre para que não sejam alvos.
Jornalista e cinegrafista trabalhando durante a guerra do Afeganistão.
Fonte: Reprodução/Internet/US Army on Flickr.
Agora vamos a resposta para a pergunta que é título dessa parte do texto. Se as manifestações fossem pacíficas, a resposta seria não. Mas do jeito que são, quase uma guerra urbana, estes se fazem necessários sim. Mas como demonstrarei, a escolha dos EPIs é responsabilidade de um profissional habilitado, não é questão de achismos de esquerdistas que agora têm sangue de um inocente nas mãos e querem por a culpa em terceiros.
Na imagem abaixo vocês podem observar um capacete para Tropa de Choque, reparem bem no capacete. Vocês já devem notar uma coisa muito importante neste capacete. Se não notarem, não fiquem aflitos, explico em seguida.
Capacete da Tropa de Choque.
Fonte: Reprodução/SOSSul.
Repararam na parte de trás do capacete? Viram que existe uma aba para proteger a nuca e parte do pescoço? Então, seria uma capacete desse tipo que poderia evitar que o morteiro atingisse o Sr. Andrade. E digo poderia porque essa proteção é efetiva se a pessoa se manter em pé e não abaixar a cabeça. Também dependeria do ângulo em que o morteiro atingisse a vítima e outras variáveis. Não é um simples, use um capacete e estará a salvo de todos os perigos.
E do jeito que os esquerdistas ficaram exigentes sobre proteção a jornalistas, daqui a pouco estes terão que se proteger como polícias, como pode ser visto abaixo. Mas claro, sem o cassetete!
Equipamentos de proteção para Tropa de Choque.
Fonte: Reprodução/MXPRO.
Como já falei, se as manifestações fossem realmente pacíficas, nenhum EPI seria necessário. Mas isto é um problema cultural. Brasileiros não sabem como se manifestar, e estão acostumados/acostumando com a violência durante as manifestações, por mais que a reprovem. Sem falar que existem os casos onde a violência é planejada e desejada por parte dos líderes das manifestações. Ai não existirá opinião popular que segure a violência.
E para finalizar, deixo apenas duas perguntas: se os jornalistas de algumas emissoras, revistas e jornais já são hostilizados quando presentes em manifestações, o que aconteceria se estes fosse visualmente identificáveis por parte dos mais exaltados que os xingam e quase chegam as vias de fato? Estes profissionais teriam que se retirar, como acontece muitas vezes, ou poderiam trabalhar em paz? Caso alguém queira respondê-las, o espaço dos comentários está aberto.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Um beijo e vários pontos a serem observados

Começo o texto avisando que não pretendo agradar a nenhuma das partes envolvidas no assunto, ou seja, é muito provável que gostem de algumas partes e odeiem outras. Com este aviso, vamos a "polêmica"!

Vamos começar pelo primeiro...
Beijo entre Félix e Niko na novela "Amor à vida".
Fonte: Reprodução/Rede Globo.
O beijo entre Félix e Niko, respectivamente Matheus Solano e Thiago Fragoso, pode ter sido o primeiro beijo gay em uma novela da Rede Globo, mas não foi o primeiro da televisão brasileira. Não me lembro bem quando comecei a assistir novelas, mas teve um longo período em que parei de assistir e praticamente acompanhar o que acontecia. Assim, não tenho como falar se foi o primeiro ou não, mas Bianka Carbonieri escreveu, em 9 de setembro de 2012, sobre o primeiro beijo gay na TV. Assim, passo a alguns comentários e questionamentos.
Lembro de ver alguns programas na MTV Brasil, onde a proposta de um desses programas era arrumar um namorado ou uma namorada para os participantes. Lembro de programas dedicados aos homoafetivos*, onde rolavam beijos sem nenhum problema, mas a MTV Brasil era um canal de TV por assinatura e de público restrito né? Ou seja, assistia quem desejava, não é como a Rede Globo.
Como falei, teve um longo período em que não acompanhei mais nenhuma novela, mas acabava assistindo algum capítulo em um dia ou outro. E de um tempo para cá tenho notado a presença de casais homoafetivos, sejam casais gays ou lésbicos. E falando de casal lésbico, lembro que o beijo lésbico da novela "Amor e revolução", do SBT causou certo debate, muito antes do beijo da Globo, mas nada como o beijo da novela "Amor à vida".
Beijo entre Marcela e Marina na novela "Amor e revolução".
Fonte: Reprodução/SBT.
Pra começo de conversa, não é o primeiro beijo gay em novela. Já houve um lésbico numa do SBT, não? Segundo consta — e não vi mesmo —, há duas jovens se pegando no BBB, com beijos de boca destrancada, não é isso? Duas questões, então, se colocam:
– beijo gay de mulheres não vale? Não é revolucionário o bastante?
– beijo entre mulheres não provoca frisson político? Por que não?
Explico. Porque as mulheres, vejam vocês, ainda são, sim, discriminadas de várias formas no país e na política. A militância gay — e não venham torrar a minha paciência com mimimi — não gosta muito das lésbicas, como elas sabem e como eles sabem. Mais: o beijo lésbico não gera muita confusão porque, no fim das contas, boa parte da macharia “curte o lance” — não é mesmo? E as mulheres são oferecidas, a exemplo do que ocorre no BBB, à “espiação” (se me permitem, com “s” mesmo…) e à expiação. Ou por outra: o rala-e-rola entre as moças serve ao voyeurismo masculino; aquele feito por homens não costuma excitar a imaginação das mulheres — não há testemunhos a respeito que eu saiba; não interessa aos homens heterossexuais e é dirigido exclusivamente ao público gay — aos, em suma, homens, que seguem sendo protagonistas, porque homens, da militância gay.
Continuando com o leitura do texto do Reinaldo Azevedo, chega-se em um ponto importante, o qual fiz comentário em meu perfil no Facebook. Aquele selinho entre Félix e Niko abriu precedente para um beijo de verdade, com direito a língua, como foi o beijo entre as personagens da novela do SBT, ou todos os que vierem serão "meigos", "bonitos", "sem apelação" e afins? Aliás, qualquer casal, seja hétero ou homo, se beija daquele jeito na intimidade?
Outro ponto, nas novelas mostra-se beijos de um casal hétero, onde um aparece quase engolindo o outro, e em alguns casos acaba com a introdução de cena de sexo, ainda nada muito explícito, quer dizer, acho que ainda não rolou nada muito explícito na TV em tal horário né? Porque já vi cenas de mini-séries que mais um pouco acabam com classificação de 18 anos, mas vou falar um pouco sobre isso mais a frente. Então voltando, será que alguma emissora irá mostrar uma cena assim entre um casal homo? Ou seria ofensivo demais a audiência ver um casal homo se beijando e dando a entender que irão fazer sexo? Ou casais homo vivem de selinhos e não praticam sexo?
Assim, entro em outra questão, para que servem as novelas? Será que o público influencia na trama das novelas? Será que existe uma agenda sobre o que deve ser abordado nas novelas? Em um segundo texto, Reinaldo Azevedo fala um pouco sobre isso, e lembro deste texto do Fábio Garcia, Top 26: Campanhas sociais que não deram certo em “Amor à Vida”. No final do segundo texto do Reinaldo Azevedo, pode-se ler o seguinte:
Se há alguém desarvorado com o risco de que haja um surto de gayzismo por causa da novela, pode relaxar. Não vai acontecer. Talvez uns e outros resolvam, seguindo a agenda, se beijar em público, estimulados pelo proselitismo. E daí? Se você não gosta de ver, vire a cara e cuide de sua vida. Não é da sua conta. [...]
Como vou explicar isso para uma criança...
Um dos argumentos utilizados pelos religiosos para tentar vetar o beijo de um casal homo é de que seria difícil de uma criança entender. E isso me fez lembrar de um questionamento que vi pelo Facebook. Como explicar a uma criança a cena reproduzida na imagem abaixo?
Aline esfaqueia Ninho, cena da novela "Amor à vida".
Fonte: Reprodução/Rede Globo.
Alguém saberia me dizer qual era a classificação indicativa, ou seja, a faixa etária do público para a qual a novela "Amor à vida" foi definida?
Para quem não sabe, a novela foi classificada como não recomendada para menores de 12 anos, que pode ocupar a faixa de horário das 20 h às 6 h. Sei que a Wikipedia não é a melhor fonte, mas a descrição desta classificação é a seguinte:
O filme e/ou programa de TV é recomendado para pessoas com mais de 12 anos de idade. Pode conter nudez sem mostrar partes íntimas (opaca ou velada), insinuação de sexo e masturbação, beijo erotizado com carícias íntimas, linguagem obscena, depreciativa, chula, de baixo calão e de conteúdo sexual, gesto obsceno, estigma, agressão verbal, violência (assassinato, presença de sangue, lesão corporal, agressão física, maus tratos a animais, sofrimento da vítima), tensão, exposição de pessoas em situação constrangedora ou degradante, conflitos psicológicos, narração detalhada de crime e atos agressivos, exposição de cadáver, consumo de drogas lícitas e álcool, e insinuação de consumo de drogas ilícitas.
Podemos concluir que "Amor à vida" não é um programa destinado a crianças né? Então, antes de tentarem utilizar o argumento de como irão explicar, seja a cena do beijo ou a das facadas, reflitam se crianças deveriam estar assistindo a tal programa. Porém, a classificação indicativa é um auxílio do governo para que as pessoas possam se situar em relação ao programa, mas todos tem o livre arbítrio de assistir o que quiserem, e caso sejam pais, deixarem as crianças assistirem ou não. O governo não pode entrar na sua casa e mandar em você ou na sua família!
Tocando no assunto livre arbítrio, se você não gosta de certos programas, não tem obrigação nenhuma de assistir. Assim como também não tem obrigação de se posicionar sobre tudo neste mundo. A não ser que você seja uma pessoa "polêmica", ai irão correr atrás da sua opinião. E para que fazem isso? Para ter manchete para vender "notícia". Será que isso é válido?

Se você não viu o beijo na novela, é porque você é homofóbico!
Vi pessoas falando de boicote ao último capítulo da novela devido ao beijo, quando foi anunciado que este não bateu o recorde de audiência. Pela prévia do Ibope, o último capítulo obteve 44 pontos, enquanto o maior índice foi de 48. Vale lembrar que este índice é baseado em medições do Estado de São Paulo e extrapolados para o Brasil. Será que o Ibope é tão importante assim? Será que é realmente representativo em relação ao país?
Mas vamos a alguns questionamentos sobre o suposto boicote. As pessoas são obrigadas a assistirem o que não desejam? É válido taxar as pessoas por não desejarem assistir algo? Onde fica o livre arbítrio das pessoas de assistirem o que desejam?
Só assisti o último capítulo para ver como seria o tal beijo, e fiquei decepcionado por ser um selinho demorado. Para mim não foi nada demais. Porém, para muitos foi uma vitória e um sinal de mudança para o país.
Opinião de Jean Wyllys sobre o beijo na novela, mas sem provocar os opositores não vale né?
Fonte: Reprodução/Twitter.
Assim, creio que o tal beijo não mudou efetivamente nada no país, pessoas preconceituosas continuarão com seus preconceitos, sejam estes velados ou escancarados. Bem, talvez tenha mudado para algumas pessoas, li relatos de que alguns pais tentaram se redimir com seus filhos homoafetivos. Mas será que é uma aceitação verdadeira ou medo do que pode acontecer quando ficarem idosos e/ou talvez dependentes dos filhos?
Alguém acredita que o César, Antonio Fagundes, magicamente aceitou o filho? A novela tinha que acabar e não poderiam deixá-lo como homofóbico né? Séria muito feio o filho fazer de tudo para que o pai tivesse uma vida agradável e este o tratasse mal até a morte né?
É nessas horas que as pessoas devem se lembrar que novela é uma obra de ficção! Quantos pais passam o resto de suas vidas sem aceitar o filho homoafetivo? Isso quando o filho pode assumir sua homoafetividade! Alguns pais acabam até desrespeitando e/ou tornando a vida do filho um inferno quando descobrem. Existem pais que tiram direitos legais, como o de herança, de seu filho pelo fato de ser homoafetivo. E vale lembrar que alguns pais lutam contra o companheiro de seu filho, quando este morre, para tomar o que estes construíram em vida. Então tenho que discordar dessas pessoas que acham que um beijo em uma novela irá resolver várias situações complexas, se esquecendo que existem Leis que precisam de mudanças para que algumas dessas situações não aconteçam mais. Só para deixar claro, sou a favor das liberdades individuais, assim sendo, sou a favor da união homoafetiva, com todos os direitos que qualquer casal hétero tem. Só não vou entrar no debate se devem chamar de casamento ou não, isso pode ficar para outra oportunidade.

Félix, teve um final feliz, mas ele não teria que pagar pelos crimes que cometeu?
Lendo a opinião do Sr. Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia, sobre o final da novela, destaco o seguinte trecho:
[...] A população brasileira vibrou com essa novela, que colaborou com certeza para desconstruir parte da homofobia nacional, mudando sua opinião em relação ao gay mau-caráter para vê-lo como um gay ser humano igual a qualquer outro com afeto, com tesão e com direito a através de um beijo na boca selar o seu amor romântico.
O que me surpreende na opinião do Sr. Mott é que parece que homoafetivos não deveriam ser consideradas pessoas normais, com qualidades e defeitos, que talvez estes estariam isentos de qualquer punição pelo fato de serem homoafetivos. Para mim pouco importa se é hétero ou homo, branco ou negro, pobre ou rico, ou o que for, se cometeu um crime, deve ser julgado!
Será que Félix deveria ter o perdão de todos os seus crimes por ser homoafetivo ou deveria ser julgado por estes, independente de sua homoafetividade. Segundo advogados, Félix poderia pegar até 76 anos de cadeia caso fosse levado a Justiça. Ai alguém poderia perguntar se as outras personagens que cometeram vários crimes deveriam ir para a cadeia também né? E respondo com um sonoro: Claro! Todas as pessoas que cometem crimes devem ser punidas, mas novela é ficção e ninguém se importa que Félix tenha cometido crimes e não tenha sofrido as punições cabíveis, o mais importante é que ele beijou seu companheiro no final e conseguiu o amor do pai, até então homofóbico escancarado.
As pessoas que se preocupam com as mensagens que são passadas pelas novelas as vezes se esquecem desses detalhes. Qual é a mensagem que fica dessa história toda? A mensagem que pode ficar é a de impunidade! Quantos crimes foram cometidos na novela toda? Quantos foram investigados e julgados? Quantos foram condenados? Quais foram suas penas? Se bem me lembro só o Ninho ficou preso! Bem, a Aline tinha dinheiro de sobra para ajudar a subornar os guardas da prisão, e acabou morrendo na cerca eletrificada durante a tentativa de fuga, então a mensagem que ela deixa é a de que se gaste o dinheiro para sair pela porta da frente, é mais seguro.

Rede Globo, de vilã a heroína, pelo menos durante alguns segundos... e tudo por causa de um único beijo! 
Uma das coisas mais engraçadas nessa história toda, fora a histeria de ambos os lados por certos detalhes, alguns destes que comentei aqui no texto, é a parte sobre o papel da Rede Globo nisso tudo. Sério, foi muito engraçado ver alguns que falam que a Rede Globo manipula as pessoas, se emocionando com a cena do beijo, falando que foi histórico, que foi uma vitória e blá blá blá. Não sei se esses militantes conseguem enxergar a hipocrisia nas próprias palavras, mas do jeito que são, já devem estar acusando a Rede Globo de ser manipuladora, de querer dar um golpe de Estado e todo aquele mimimi chato e cansativo de novo.
E para registro, a Rede Globo tinha três opções para a cena, e escolheram a do selinho. A dúvida que me resta é, vão ficar pentelhando a Rede Globo para ter mais beijos ou já se contentaram com esse ai? Vão ficar enchendo o saco com o papo de manipulação e no próximo beijo vão se emocionar e esquecer o discurso de manipulação da população durante a cena? Mostra beijo entre personagens homoafetivos não seria manipulação da população?
Por mim, se tem casal homo, mostra a relação direito, com direito a vários beijos e se tiverem coragem e couber no contexto da história, com direito a cenas mais quente! Ou casais homo são pessoas tímidas que não se beijam na boca nem quando estão sozinhas em casa?

Antes que alguém me chame de homofóbico!
Assim como não sou de assistir muitas novelas, também não sou de acompanhar séries de TV. Mas lembro de assistir alguns episódios de duas séries com temática homoafetiva. As séries foram Queer as Folk e The L Word, a primeira com ênfase em gays e a segunda em lésbicas, ambas abordavam o dia a dia, problemas de relacionamento, preconceitos e outros temas.
Logos, respectivamente, de Queer as Folk e The L Word.
Fonte: Reprodução/Internet (Adaptada).
Assisto filmes sobre o assunto, frequentei festas voltadas ao público LGBT e tenho amigos homoafetivos, odeio esse clichê de usar os amigos, pois são meus amigos independentes dos rótulos que a sociedade necessita para tentar "entender" a pessoa. E vejo que a vida poderia ser muito fácil se as pessoas não se importassem com um fato que não deveria importar a mais ninguém, a não ser a pessoa.
Assim como não gosto que se metam na minha vida, não fico me metendo na vida alheia, cada um tem a sua e sabe o que é melhor para si. Sou a favor das liberdades individuais e igualdade de direitos entre as pessoas, independente de gênero, etnia, "orientação sexual" e afins. Por mim, podem andar de mãos dadas, se beijar, se unir, ter filhos e tal, como qualquer cidadão, a única coisa que não aceito é forçação de barra, pessoas têm todo o direito de achar que homoafetivos vivem em pecado e todo aquele blá blá blá religioso ou não, e falar isso abertamente, pois isso faz parte da liberdade de expressão. Ninguém é obrigado a aceitar, mas mesmo não aceitando é necessário ter certo respeito, talvez alguns não saibam o significado desta palavra, nesse caso recomendo que se afaste da pessoa e a deixe falando sozinha. E por favor não se esqueçam que se opor e/ou não aceitar não pode ser confundido com homofobia, por mais que os argumentos para se opor sejam idiotas, homofobia, assim como alguns crimes de ódio tem uma série de requisitos para serem caracterizado e validados como crimes.
E como demorei um pouco para finalizar o texto, acabou que o pessoal do 5 Alguma Coisa lançou um vídeo sobre o assunto e achei muito legal, muito divertido e deixo-o para finalizar o texto com um pouco de humor sobre o assunto.

* - Enquanto alguns preferem ficar na guerra entre homossexualismo e homossexualidade, prefiro o termo homoafetividade por entender que um relacionamento entre pessoas contém mais aspectos do que o aspecto restrito ao cunho sexual. Mas cada um usa o termo que julgar melhor.
E não me venham com aquele papo de que ~ismo é para doença, a não ser que tenha ótimos argumentos para explicar o porquê de feminismo não ser considerado doença por conter ~ismo. Podem tentar apelar para a história de que homossexualismo era utilizado em determinada época como referência a doença, mas ai pergunto se ainda estamos naquela época ou já avançamos? Então, se a pessoa tentar demonstrar que a homossexualidade é uma doença, o problema seria a palavra utilizada ou o pensamento errado sobre o tema?
Outra coisa, o preconceito das pessoas podem continuar existindo mesmo que falem homossexualidade. Assim, mais importante que a palavra utilizada, é a forma que as pessoas se expressam. E utilizar uma palavra ou expressão "politicamente correta" não vai acabar com o preconceito das pessoas.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Musa Topless e a aparente falta de pauta da imprensa

Quem ainda se lembra do Toplessaço que ocorreu no dia 21 de dezembro? Tá, foi um fracasso, pois haviam umas oito mil confirmações de presença e apareceram poucas mulheres para mostrarem os seios. Falei um pouco sobre o evento e minha opinião a respeito da liberdade individual, foi o meu segundo texto no blog. Mas o que me faz voltar no assunto do topless não são os seios de fora no verão carioca que possui sensação térmica de 50 graus, mas a aparente falta de pauta da imprensa. 
No dia 27 de dezembro de 2013, o jornal O Globo elegia a cineasta Ana Paula Gonçalves Nogueira como a musa do Toplessaço. Sabe aquela sensação de escolheram uma personalidade e esta terá direito a ser a única a colher frutos sobre o assunto? Então, foi essa a sensação que tive ao ler a reportagem d'O Globo. Nada contra a Sr.ª Ana Paula, mas se bem me lembro das reportagens sobre o Toplessaço, outras mulheres compareceram ao evento, tudo bem que não foram centenas ou milhares como muitos homens esperavam, mas ela não foi a única. 
Ou melhor, para Bernardo Mello Franco, da Folha de São Paulo, parece que Ana Paula foi a única participante do Toplessaço. Tá, a manchete deve instigar o leitor, deve chamar a atenção para a reportagem, mas começar com uma chamada dessa e logo no primeiro parágrafo se "desmentir" já parece demais. Ok, não sou jornalista e nem cursei jornalismo, mas se o tivesse feito, teria vergonha de fazer isso ai. Aliás, mesmo que não fosse um jornalista, ainda teria vergonha de fazer algo nesse sentido. Mas vamos continuar.
Não sei quando o Sr. Bernardo colheu o depoimento da Sr.ª Ana Paula, mas talvez o título de Musa do Toplessaço, tenha lhe subido a cabeça. Não sei como foi o depoimento, mas colocar a culpa na mania do carioca de falar algo e não cumprir depois não me parece muito justo.
Infelizmente, o carioca tem mania de confirmar e não ir. Todo mundo diz 'Passa lá em casa', mas não dá o endereço.
Tanto na reportagem d'O Globo quanto na da Folha, a Sr.ª Ana Paula tem um breve resumo de sua vida contada para o mundo, não sei qual é a relevância desses fatos para a reivindicação de uma área para a prática do topless, tão pouco sei qual é a relevância de falar que a Sr.ª Ana Paula possuir próteses de silicone nos seios como alerta timidamente o Sr. Bernardo, mas quem sou eu para entender dessas coisas né? Afinal, não sou jornalista.
Mas no depoimento para o Sr. Bernardo, podemos perceber que a Sr.ª Ana Paula não fez parte da organização do evento, e provavelmente não responde pelo "movimento" que criou o evento. Mas pelo jeito aceitou ser a porta-voz das mulheres que desejam praticar o topless. E aqui cabe um questionamento, onde estão as organizadoras do Toplessaço? Desistiram da reivindicação? Acharam que é luta demais para pouco retorno? Deixarão a Sr.ª Ana Paula sozinha na luta?

A aparente falta de pauta da imprensa
Entendo que exista aquela parte dos jornais que se dedicam a falar sobre as celebridades e coisas sem muito valor real. Mas existem pessoas interessadas em saber qual mulher famosa foi a praia nesse calor, ou se alguma outra foi malhar na academia com alguma roupa da moda. Existe todo um mercado e aparato para suprir essa necessidade das pessoas de saberem sobre a vida alheia, talvez seja para ajudar estas pessoas a esquecerem questões relacionadas aos problemas de infra-estrutura do país, afinal, quem se importa se o governo do Espírito Santo vai levar meses, talvez o ano de 2014 inteiro para reconstruir os estragos causados pela chuva.
Talvez peitos vendam mais jornal que notícias, mas longe de mim ditar o que deve ou não virar capa de jornal né? Mas de que importa a minha opinião...
Capa da Folha de São Paulo de domingo, 5 de janeiro de 2014.
Fonte: Reprodução/Folha de São Paulo.
Mas este blog é meu, e deixo aqui a minha opinião sim! Não sei qual é a intenção de tais jornais, não sei se querem uma celebridade para chamarem de sua, não sei se querem mais uma celebridade para pautas importantes como as que citei acima, sinceramente não sei... Mas fica parecendo que querem criar uma celebridade, e não me espantaria uma capa de revista masculina com uma chama do tipo "Mostramos mais do que você pode ver no toplessaço!". Também não me espantaria a participação da Sr.ª Ana Paula em algum reality show qualquer, mesmo ela falando que não é gostosona. O que me parece meio contraditório, luta pela quebra do preconceito contra o topless, mas mantem os padrões de beleza. E nesse ponto vi comentários sobre ela não possuir seios naturais, mas "turbinados" por silicone. Bem, as pessoas se esquecem que cada indivíduo é livre para buscar os meios pelos quais vai se sentir melhor, seja por intervenção cirúrgica estética, dieta ou o que for.
A Sr.ª Ana Paula tem todo o direito de colher os frutos de seu trabalho, mas fica parecendo que ela usou o evento para catapultar sua pessoa a carreira de celebridade. Onde fica a causa do feminismo nisso tudo? Onde fica a luta pelo direito ao topless? Luto pela liberdade individual, mas e as pessoas que falam lutar em nome do feminismo, vão deixar isso acontecer? Vão deixar uma pessoa só falar aparentemente sobre todo o movimento?
Esse é um dos meus problemas com ideologias de grupo, é muito complexo tratar indivíduos como um grupo homogêneo. Sem contar que as pessoas geralmente não lidam bem com as que discordam, acabam levando para o lado pessoal, quando muitas vezes a discordância não está nem próxima deste.
É necessário que as pessoas aprendam a ter um debate com argumentos, saibam colocar seus pontos de vista e de preferência sem clichês, não é porque estou discordando das duas reportagens citadas aqui que vou chamar tais jornais de "golpistas manipuladores" e falar algo como: "Não leio esse lixo!". Uma das coisas que sei fazer muito bem, modéstia a parte, é ler, pensar e concluir. Não serão uns peitos de fora que me enganarão! Que a imprensa ainda queira manter o assunto sobre topless em pauta, tudo bem, mas onde estão as organizadoras do Toplessaço para expressar a opinião delas? Ou a mídia está boicotando as organizadoras ou elas não querem "dar a cara a tapa"? Façam reportagens mostrando outras opiniões, como é em outros países, como está o andamento sobre a mudança de legislação, sei lá! Sejam criativos para continuar com o mesmo assunto, mas com abordagens diferentes!
Bem, só sei que já cansei da Sr.ª Ana Paula e sua história de vida, para mim já está mais do que claro a posição desta Sr.ª, e já chega de mostrar os peitos nos jornais né? Coitado do seu pai que tem que ficar triste com toda essa exposição de sua filha.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Vamos proibir a violência!

Acompanhei a segunda luta de Chris Weidman e Anderson Silva com certa expectativa, e não tenho problema nenhum em falar que torcia pelo americano, tenho minhas razões para isso e elas pouco importam aqui neste momento.
O importante neste texto é o que pensei após a luta se encerrar. Logo depois da luta, lembrei que já tinha escutado e lido por ai que queriam proibir o Mixed Martial Arts (MMA), mas não lembrava como estava esta questão, mas pensei que esta ideia de proibir o esporte voltaria a pauta. E não demorou muito para chegar a notícia que iria confirmar o que havia lembrado e pensado.
Nesta notícia é lembrado que o projeto de Lei (PL) 5534/2009, do deputado federal José Mentor, PT-SP, encontra-se na Comissão de Ciência e Tecnologia do Congresso. Mas o que se pretende com esse projeto de Lei? É simples, como está no PL, a proposta é "Veda a transmissão de lutas marciais pelas emissoras de televisão na forma que especifica e dá outras providências.". Mas vamos falar a verdade e em um português claro, o Dep. José Mentor, com sua boa intenção, pretende proibir a exibição das lutas de MMA, seja em transmissões de TV aberta ou fechada, ou seja, TV por assinatura. E essa tentativa de proibir a exibição do MMA tem nome, se chama Censura! Falarei disso mais a frente... Primeiro vou abordar um pouco a questão do Ultimate Fighting Championship (UFC).

O MMA é violento?
Outro dia tive a chance de ver uma das primeiras edições do UFC, e se não me engano era a sétima edição. Eram lutas em sequência, sem limite de tempo e, quase que literalmente, um vale tudo. Quem conhece a história sabe o quanto o esporte evoluiu e como melhorou as condições para atletas e organizadores. Mas chega um deputado, que provavelmente não entende de nada, e deseja simplesmente proibir a exibição do esporte profissional, acabando com a maior fonte de renda da organização do evento. Ele não deve imaginar quantos jovens estão se dedicando a treinos para se tornarem lutadores profissionais. Também não deve imaginar quantos empregos são gerados direta ou indiretamente a cada evento desse tipo. O importante para o Dep. José Mentor é que:
MMA não é esporte. Esporte é a superação do limite da pessoa humana, respeitada a integridade física. E não é arte macial (sic) coisa nenhuma. Arte marcial tem filosofia. MMA é agressão.
Então está é a visão dele sobre arte marcial, tem que haver uma filosofia. Não sei se o Dep. José Mentor se lembra, mas não faz muito tempo que existiam pessoas que praticavam Jiu-Jitsu e andavam por ai com cachorros da raça Pitbull e/ou em grupos, e estas pessoas adoravam arrumar confusão para que pudessem brigar e "praticar um pouco", e caso o Dep. José Mentor quiser se inteirar um pouco sobre o assunto, pode procurar pelo nome que estas pessoas eram chamadas, "Pitboys".
Porém, só tinha um problema com a conduta destes "Pitboys", não existe nada na filosofia do Jiu-Jitsu que justificasse tal comportamento, o que criava um conflito entre os mestres e os alunos indisciplinados. Muitos desses maus alunos, que não compreendiam tal filosofia, acabavam expulsos de suas academias, mas em nada mudavam sua atitude de buscar as brigas, na verdade em muitos casos a pratica do esporte era só uma desculpa para se prepararem para as brigas. E um dos efeitos colaterais deste comportamento foi de que os cães da raça Pitbull foram identificados como violentos e agressivos, e parte do problema de conduta de seus donos, lembro que alguns especialistas chegaram até a propor a extinção da raça, o que ocorreu em outras oportunidades por outros fatores.
Não me espantaria saber que alguém naquela época se pensou em proibir o Jiu-Jitsu devido a inconsequência de algumas pessoas que não possuíam discernimento sobre as consequências de seus atos, ou sabiam e não ligavam a mínima para eles. Então seria mais fácil proibir um esporte à punir os criminosos, pois o que estas pessoas praticavam era crime e com motivos banais. Mas felizmente o esporte conseguiu se livrar da maioria destes seres e continuou a existir.
Outro ponto é que o MMA para o UFC é um esporte profissional. Onde os lutadores são profissionais e devem compreender os riscos a que estão expostos ao lutarem. Lembrando que os lutadores sobem ao octógono por motivos que só cabem a eles saberem, não importando a ninguém se for apenas uma questão financeira, pois cada uma sabe, ou pelo menos deveria saber, o que faz da própria vida. Mas voltando a questão dos riscos... Não só os lutadores profissionais, mas todos os praticantes de esporte deveriam saber a que riscos estão expostos.
No caso dos lutadores é uma questão profissional, e aqui cabe uma observação profissional minha como engenheiro de segurança do trabalho, ao tomarem conhecimento dos riscos e ao assumirem a responsabilidade, os lutadores reconhecem que são passíveis de lesões, lembrando que o objetivo não é provocar lesões, leves ou graves, ou matar o adversário, mas acidentes podem acontecer, ainda mais quando o esporte envolve contato físico de forma tão direta. E sim, acidentes acontecem!
O caso do Anderson Silva foi um desses acidentes. O Chris Weidman declarou após a luta que havia se preparado para se defender dos chutes do Anderson, e aqui podemos perceber que existe toda uma preparação técnica dos atletas para lutarem, não é só chegar lá e agredir o adversário, como deve imaginar o Dep. José Mentor, e tal pensamento foi reproduzido na reportagem da Folha e coloco abaixo.
Você tem de ser solidário a uma pessoa que se machucou. Mas não é acidente. O objetivo do MMA é ser agressivo. Aquele pontapé faz parte da regra. É normal.
Outra coisa, o lutador americano também revelou uma possível lesão no menisco, ou seja, no joelho, só não falou se a lesão foi antes ou durante a luta. Então o argumento de ser solidário com alguém machucado só vale para o perdedor? Quantos lutadores acabam vencendo suas lutas e com um lesão? Lembro da luta entre o Jon Jones e Chael Sonnen, onde o primeiro venceu a luta, mesmo tendo quebrado o dedo do pé.
E lembrando de outras lutas, poderia perguntar se o José Aldo é mal ou agressivo em excesso com os adversários? Lembro da luta dele com o Urijah Faber, onde ele "acabou" com a perna do adversário com muitos chutes. E agora Dep. José Mentor, será que José Aldo deveria ter ido para a cadeia por ter agredido seu adversário?
Sim, existem regras e muitas situações estão previstas nestas regras, mas o Dep. José Mentor não deve ligar para isso, pois a opinião dele, como legislador e cheio de boas intenções, deve prevalecer sobre a vontade das pessoas que querem assistir as lutas. Existem pessoas como o Dep. que acham que o MMA é violento, mas isso não justifica o que foi proposto, pois cada um assiste o que quer. Estas pessoas que acham que o MMA não é esporte não são obrigadas a assistirem as lutas, elas podem buscar outro canal que esteja passando algo da preferência delas. Mas negar o direito de milhares, milhões de pessoas assistirem a luta é censura! E usar qualquer argumento maquiado com boa intenção é jogar sujo, pois qualquer coisa poderá ser censurada com pseudo-argumentos chulos.

Vamos proibir a violência!
Devem existir muitas pessoas como o Dep. José Mentor, uma delas é o Sr. Laurez Cerqueira, que escreveu o texto intitulado "UFC é rinha humana", cheios de pseudo-argumentos, mas que foram totalmente desconstruídos pelo Luciano Henrique em seu sítio. Como o Luciano já fez um ótimo trabalho, vou me dedicar ao título desta parte do texto e esquecer as bobagens ditas pelo Sr. Cerqueira.
Quantas notícias você já leu sobre a tentativa de acusar pessoas que pegam armas e atiram a esmo serem influenciadas por jogos de videogame? Lembro que basta ter um caso que é questão de tempo até acharem um videogame e jogos violentos para serem acusados de serem os geradores de todo mal causado. Só se esquecem que para se ter uma arma de modo oficial neste país é quase que impossível, mas você não verá muitos debates sobre está questão, pois o culpado nestes casos são os jogos violentos.
Mas a violência é natural do ser humano ou é gerada? Ela pode ser reprimida ou controlada? O Luciano falou um pouco sobre tais questionamentos em seu texto. Mas lembro da campanha "Conte até 10" do governo. Está campanha tinha como objetivo diminuir crimes cometidos por impulso.
Cartaz da campanha "Conte até 10" que pretendia diminuir crimes cometidos por impulso.
Fonte: Divulgação/Governo Federal.
Será que a campanha atingiu seu objetivo? Quantos crimes foram evitados quando a pessoa contou até 10 para diminuir a sua agressividade e desistir de ser violenta? Quanto dinheiro foi gasto nesta campanha? Pelo menos os atletas não quiseram o cachê, emprestando suas imagens com boa intenção, acho que os únicos que tiveram realmente alguma boa intenção legítima.
Mas talvez fosse melhor proibir as pessoas de serem violentas, que tal? Mas calma, será que o Código Penal já não serve para este propósito? Aquelas possíveis punições de cadeia devem ser muito severas ao ponto de intimidar as pessoas para que estas pensem duas vezes antes de cometerem algum crime né? ... Não, na verdade não! Cansei de ver entrevistas com bandidos que assumiam que cometiam crimes violentos e que não tinham medo das punições, por saberem que o sistema judiciário e prisional são falhos. Além do fato de terem os defensores dos direitos humanos ao lado deles. Que por sinal tem uma nova tática para ajudar os criminosos. A nova tática é acusar as vítimas de algum crime. Já vi bandido que teve o assalto frustado e levou uma surra acusando suas vítimas de lesão corporal. Outro dia um bandido, que foi pego com uma pequena quantidade de maconha após assaltar um jovem, falou que a droga não era dele, mas de sua vítima, querendo dar a entender que o rapaz vítima do assalto era traficante. Na mesma reportagem o policial que foi entrevistado falou que está cada vez mais normal esse tipo de coisa. Ou seja, de criminosos passam a vítimas e buscam se livrar ou levar suas reais vítimas para a cadeia.
E não pense que a proibição seja uma ideia ruim, pois no Brasil muitos políticos acham que se resolve tudo com uma Lei, e de preferência que seja uma proibindo algo! Se esta proibição for sustentada por uma boa intenção, então pode ter certeza que deve ter alguma mente brilhante de algum político da esquerda brasileira que apenas pensa em defender as minorias de algum mal do qual estas nem imaginam que lhes afligem. Também não pense que o povo se opõe a este tipo de coisa, porque a maioria deve adorar a intervenção estatal, desde que seja na vida dos outros, mas nem reparam como o governo mete a mão em suas vidas sem que percebam o mal causado por atitudes autoritárias como estas, para não dizer que algumas beiram o totalitarismo! Afinal, vivemos em uma democracia né?
Então que se proíba a transmissão de lutas violentas, será pelo bem do povo, não importando a mínima se o povo quer ou não assistir as lutas... E assim, só fico curioso para saber como o governo vai proibir as pessoas de buscarem meios para assistirem as lutas, irão bloquear sítios na internet? Irão proibir a circulação de DVDs piratas contendo as lutas? Prenderão quem assistir as lutas? Qual será o período da punição? Este período aumentará em caso de reincidência? Bem, são só algumas questões que o governo terá que lidar com mais esta proibição que está por vir. Enquanto isso, aproveitem para ver dos lutadores se superando e tendo vitórias incríveis após muitas dificuldades, pois quando a proibição chegar, serão só lembranças!

Gostaria de deixar registrados meus votos de uma rápida recuperação ao Anderson Silva e que ele tome a decisão que achar mais acertada para a própria vida! E que mesmo torcendo para o seu adversário nesta última luta, ele me proporcionou grandes emoções em lutas anteriores, e que isso ninguém poderá apagar ou proibir de lembrar.